Este trabalho faz urna resenha das principais posições acerca da crise dos anos 60. Na Introdução apresentamos a instabilidade econômica e política dos anos 60 e mostramos como esta realidade é similar à dos anos 90, em ambos busca-se uma redefinição dos marcos externos do capitalismo brasileiro e latino-americano. No primeiro capítulo expõe a concepção estagnacionista de Celso Furtado, mostrando como o autor é conduzido a esta posição pela idealização do capitalismo social-democrata.
No segundo e terceiro capítulos mostramos como Maria da Conceição Tavares e José Serra e Fernando Henrique Cardoso explicam as condições nas quais as economias latinoamericanas podem seguir se desenvolvendo mesmo com o aumento da exclusão social. No quarto capítulo apresentamos as concepções de Theotonio dos Santos e Ruy Mauro Marini. Mostra-se como estes autores defendem o socialismo sem se associar a tese estagnacionista. Por fim, na conclusão, retomam-se algumas das ideias destes autores para pensar as transformações ocorridas na América Latina nos anos 90, que faz com que os mesmos erros sejam repetidos nas análises correntes.
Título
Dependência e estagnação: o debate sobre a crise dos anos 1960
Autor
Sobrinho, Corival Alves do Carmo
Ano de Publicação
22 de novembro de 2001
Tipo de Material (detalhado)
Dissertação de mestrado defendida no Programa de pós-graduação em Economia da Unicamp